CONTROLE JUDICIAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS: Sobre os riscos da vitória da semântica sobre o normativo

Autores

  • Vanice Regina Lírio do Valle Universidade Estácio de Sá (PPGD - UNESA/RJ)

Palavras-chave:

Direitos Fundamentais, Direitos socioeconomicos, jurisdição constitucional

Resumo

A Constituição Brasileira, às vésperas de seu 25º aniversário, abriga uma larga lista de direitos socioeconômicos, revelando um compromisso com a transformação social e a inclusão. Estes direitos tem sido assegurados pelo Judiciário como importante agente na promoção da desejada mudança na exclusão social e pobreza. A aptidão institucional proclamada pelo Judiciário para controlar políticas públicas pode levar, não obstante as nobres intenções de juízes e das cortes, não a uma real transformação, mas à regressão social e a uma democracia enfraquecida. Impõe-se portanto reconsiderar a estratégia utilizada pelo Judiciário na solução destes conflitos. Um novo modelo deve incorporar uma dimensão distinta de diálogo, participação social e reconhecimento dos destinatários da política pública controlada como cidadãos autônomos, aos quais se tenha reconhecida, por sua própria dignidade humana, a possibilidade de integrar os processos de escolhas públicas que definem o conteúdo de seus próprios direitos fundamentais.

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Biografia do Autor

Vanice Regina Lírio do Valle, Universidade Estácio de Sá (PPGD - UNESA/RJ)

Professora de Direitos Fundamentais e Jurisdição Constitucional no Programa de Pós-Graduação em Direito da UNESA/Rio de Janeiro

Procuradora do Município do Rio de Janeiro

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Publicado

09-12-2013

Como Citar

Lírio do Valle, V. R. (2013). CONTROLE JUDICIAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS: Sobre os riscos da vitória da semântica sobre o normativo. Revista Direitos Fundamentais & Democracia, 14(14.2), 387–408. Recuperado de https://revistaeletronicardfd.unibrasil.com.br/index.php/rdfd/article/view/420