NÃO É NÃO – COMO CONTRACONDUTAS NA DIREÇÃO DO “CUIDADO DE SI”
DOI:
https://doi.org/10.25192/issn.1982-0496.rdfd.v26i31777Resumen
Este artigo analisa a campanha Não É Não e alguns de seus desdobramentos. Discutimos essa campanha como manifestação de resistência, de contracondutas (FOUCAULT, 2008) em relação as atitudes de assédio percebidas como atos de violência, que limitam as liberdades individuais e coletivas no que se refere aos corpos das mulheres nos espaços públicos. Propomos um percurso teórico-metodológico para análise inspirado na perspectiva foucaultiana. O corpus de análise é constituído por recortes de dizeres enunciativos e de imagens postadas em páginas das redes sociais digitais. Das análises, destacamos que Não É Não reivindica o direito das mulheres de terem seus corpos preservados do assédio e de violências, deslocando-se do lugar submisso que lhes foi (é) imposto. Assim, na campanha Não É Não mobiliza-se a escrita, que produz um deslocamento nos usos e instaurando uma singularidade em relação ao que já foi feito com e por meio dos corpos, e, aos modos de como já foi dito, indica transformações nas regras de enunciabilidades, inaugurando o lugar de fala (pública) desse grupo de mulheres. Entendemos essas ações como contracondutas, como disponibilidade numa relação ética de “cuidado de si”.
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Derechos de autor 2021 Maria Simone Vione Schwengber, Naira Leticia Giongo Mendes Pinheiro
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