GUETOS E PRISÕES: A “IDENTIDADE” QUE INCLUI E EXCLUI POBRES E NEGROS À MARGEM
DOI:
https://doi.org/10.25192/issn.1982-0496.rdfd.v26i31511Palavras-chave:
Cárcere. Estigma. Identidade. Gueto. Prisionização. Prison. Stigma. Identity. Ghetto. Prisonization.Resumo
Resumo
O artigo aborda a configuração das identidades das classes economicamente hipossuficientes e de cor negra na sociedade contemporânea. O estudo, que se justifica pela necessidade de compreensão da constituição identitária dos grupos considerados ameaçadores à ordem social, problematiza a influência dos guetos e das prisões, notadamente formados por pobres e negros, na categorização das identidades de tais indivíduos e da exclusão societal. A investigação científica, assim, com base no método hipotético-dedutivo, na abordagem qualitativa e no procedimento bibliográfico, busca: a) analisar a configuração identitária dos pobres e negros com base no estigma de estranhos, inimigos, perigosos, outros e criminosos; b) refletir a conformação da identidade dos presos mediante o fenômeno da prisionização; e c) identificar os guetos e as prisões como retratação do paradigma do campo à luz da biopolítica e dos direitos humanos. Por fim, ao corroborar a hipótese emergente da discussão, constata-se que os guetos e as prisões se estabelecem como espaços retratados no paradigma do campo e influenciam, dada a condição econômica e a cor da pele de seus membros, na conformação identitária e excludente dos sujeitos devido à imposição de estigma por terceiros e/ou ao fenômeno da prisionização.
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